domingo, 20 de março de 2011

Pela liberdade de expressão e LIVRE comunicação !

Postado -  Kleber Luis.  

Nos últimos dias os/as jovens do PJU passaram por diversas reflexões e produções sobre a comunicação e o livre direito de expressão, o feriado de carnaval quebrou um pouco a rotina da semana, estávamos tod@s no ritmo das festividades, mas seguimos em frente, pois, a caravana passa e a rotina recomeça, e para dar o start nas discussões assistimos o filme “Uma onda no ar ”, que retrata a luta dos moradores para construção da Rádio Favela, aborda também o contexto periférico com todos seus problemas sociais que assolam nossas vidas e permeiam nosso cotidiano como: o crime, tráfico de drogas, discriminação social, racismo  e a falta de liberdade de expressão.


A partir do filme @s jovens foram convidad@s a explorar, produzir e conviver junt@s, e para iniciar esta produção, fomos conhecer a Rádio Heliópolis no dia 15/03, pontualmente como o sol as 8hs, saímos rumo ao outro lado da zona sul, o lado sudeste da cidade – e para minha surpresa a turma da manhã se multiplicou, os jovens que entraram no programa a partir da rotatividade iniciaram tod@s nesta terça feira, então, tod@s a bordo seguimos viajem, e que viajem!
A trajetória foi longa do Jd Prainha com destino ao Terminal Grajaú (30 minutos), no Terminal embarcamos no ônibus Vila Mariana com destino ao metrô(1hr30minutos), do metrô Vl Mariana baldeação na estação Ana Rosa de lá para o estação Terminal Sacomã (40 minutos),após 25minutos na fila de espera embarcamos na linha 5031-10 Vl Arapua que em (25 minutos) nos deixou próximo a Rádio Heliópolis. Essa trajetória rendeu belas reflexões sobre transporte público, a indignação é forte quando se passa por isso todos os dias, depois de algumas longas horas (aproximadamente 4hr de viajem) chegamos. 


A multidão de jovens tomando a cena do cotidiano movimentado de Heliópolis chama a atenção de tod@s pelas ruas, logo paramos em um bar, todo bairro com contexto de periferia tem um, e é o melhor lugar para saber se é bem vindo ou não, então perguntamos para uma das pessoas que via o tempo passar na mesa de bar – onde ficava a rádio? Logo a pergunta que não quer calar, “quem são vcs”? Somos do Grajaú viemos conhecer a rádio, o companheiro responde – “Tá em casa, desce a direita, sobe a esquerda, vira ali, sobe pra lá e chegou...”, logo percebemos que éramos bem vind@s, mas seria mais fácil localizar a rádio por sua antena, que é enorme, então seguimos o rastro do som e enfim chegamos.
Fomos recepcionad@s pelo Rogério, que nos mostrou a rádio e até participamos de um programa ao vivo, os jovens deram seu recado e o Pedro ate mandou uma rima de improviso, foi bem louco, após a participação do programa o Rogério nos contou um pouco da luta pela implementação da rádio, como teve inicio e as barreiras que enfrentaram com a Anatel e a Polícia Federal, que inclusive chegou a fechar a rádio por um tempo, mas isso são águas passadas, hoje a rádio tá aí firme e forte na cena, mandando pro Ar a verdadeira voz do povo.


Retomando o trabalho em nosso QG, voltamos para um processo de reflexão e produção sobre a exploração vivida, mas primeiro uma integração entre as pessoas que chegam, por meio de uma dinâmica – teia da ligação, abarcamos os novos jovens para compor o time do PJU, com uma apresentação dos jovens que estavam desde o inicio sobre o que já tinha rolado até o momento, e para os novos uma apresentação sobre as suas expectativa do programa.
Agora tod@s no mesmo barco, chega o momento de por a mão na massa, fizemos as discussões sobre a vivência e produção, falamos das possibilidades de produção, e os jovens escolheram a postagem na página do blog da turma da manhã, produziram textos coletivamente, cartazes e deixaram registrado um pouco de suas produções (pagina TURMA DA MANHÃ DESTE BLOG), os debates nos grupos foram quentes com posicionamentos bem definidos, e a produção dessa galera foi intensa.


Os registros no blog deram margem para mais uma produção inspirados no que vivenciaram na rádio Heliópolis sugeri a realização de um programa de rádio como forma de apresentação do trabalho dos grupos para toda turma. E com muita vergonha e timidez a galera foi comprando a ideia, fizemos um programa de entrevistas sobre suas reflexões, as temáticas foram variadas Violência Social, Liberdade de Expressão e a funcionalidade do rádio na sociedade.

click para ouvir o programa!

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Uma semana muito produtiva, e é só o começo !


E AÍ!?

Caraca, que semana bruta!
Mas muito louca!
É bem verdade que a nossa semana começou lá atrás, no dia 10 de março, finzão de carnaval! Nenhuma jovem saiu por aí jogando serpentina, mas ao menos, curtiram o feriadão prolongadíssimo!
Tinha ficado umas coisas pendentes no dia dos acordos coletivos, afinal o calor do debate comeu as horas do dia, e acordamos de assistir ao filme ‘Uma Onde No Ar’, de Helvécito Ratton, sobre a criação da Rádio Favela, em Minas Gerais, na década de 80. Fizemos uma rápida exposição sobre formas e possibilidades de trabalhar as produções jovens e falamos sobre o Blog PJU Prainha, convidando as jovens a intervir nele sempre que quiserem! A galera ficou meio tímida ainda com a idéia de blog, sendo que só a Tamires disse que já mexeu com blog’s alguma vez na vida!
Idos ao filme, a sensação foi que faltou um pouco de Hollywood na história... rsrs. Sem carros capotando, explosões e agentes especiais, deu pra perceber um soninho em alguns e um estranhamento interessante em outros... Ao final levantamos algumas questões sobre preconceito, direito de comunicação, relação com a família e com a escola...  Pena que nem todos ainda se expressam com facilidade no grupão! Fica sempre a velha impressão da escola regular, de que “se eu falar bobagem serei repreendido”, “não sei falar direito”...
No entanto os engasgos sumiram na hora de organizar a nossa primeira exploração! Pra variar a discussão comeu solta (amém!) com a questão dos horários de ida, volta, permanência, etc.; Destino: Rádio Heliópollis, na zona sudeste da cidade. Abrimos o sítio da SPTrans, para consultar e aprender o roteiro dos caminhos que faríamos. Aí, novo estranhamento: ônibus pro Jabaquara; metrô linha azul, baldeação no metrô pra linha verde, desce no Sacomã, pega outro ônibus, desce na Estrada das Lágrimas... Vixe!
Acertamos tudo e marcamos pra terça feira...



...na frente do açougue Rei do Gado, às 12h30! O povo foi se achegando, devagarzinho, e logo estávamos no busão pro Jabaquara, rumando! Como era de se esperar lotamos o busão, mas a viagem foi suave! Muito papo, muita risada e, claro, muitas fotos! Já no Metrô havia somente a preocupação de ninguém ficar pra trás! Conversamos olhando um mapa das linhas, explicando onde estávamos e onde íamos descer, mesmo assim, honestamente, fiquei um cadim apreensivo... Mas o Willian resolveu tudo de um jeito muito simples, com sua voz característica ele chamava a todos, dizendo: “Próximo!” E em meio às risadas, todas se achavam!



Na estação Ana Rosa, baldeação... Mais que isso, muitos prestaram atenção nas diferenças entre a linha azul e a verde: “a estação parece uma balada”; “tem muito mais segurança nessa aqui”; “olha, tem portinha pra ninguém cair nos trilhos”. Chegando ao Sacomã, estávamos todos no mesmo barco: o educador também não fazia idéia de onde estava! Oras, quem tem boca vai a Roma e como sabíamos qual era o ônibus, foi só questão de perguntar! Mesmo assim, quase pegamos um ônibus pra Diadema, pois o fiscal não avisou que a primeira plataforma era intermunicipal. Achamos nossa condução, Jardim Arapuá e após duas horas e quinze de viagem... Chegamos!



Rá, chegou nada, ainda rolou uns 15 minutos de caminhada até a rádio! 29 Km de rolê!
Uma garoa gelada nos saudou, enquanto a galera enganava a fome com o lanche coletivo pelas ruas de Heliópolis, comparando: “nossa, parece o Prainha, só que com asfalto!”. Depois de perguntar pra algumas pessoas, finalmente, chegamos à Rádio Heliópolis!
Rogerinho nos recebeu, acompanhado de uma galerinha firmeza do Alconscientes, que nos explicou o trampo que fazem e convidou a gente pra colar na Balada Black sem Álcool (lembrou minha adolescência no Straight Edge)!
Fica registrado o nosso agradecimento pela recepção!
Conhecemos os estúdios da rádio, fomos entrevistados pelo locutor Zenildo Ribeiro, assistimos ao filme Levante Sua Voz, do coletivo Intervozes, e conhecemos a história da rádio, contada pelo Rogerinho. Os jovens puderam tirar dúvidas, mas, infelizmente, o longo trajeto de volta nos fez cortar o papo pra tomar o rumo de casa... Mas não sem antes tirar uma foto com o pessoal da rádio!



No caminho de volta achei que o cansaço tiraria o ânimo de toda a turma... Coisa nenhuma! Voltaram mais falantes e risonhas do que nunca! E olha que, como de costume, os trens e ônibus estavam abarrotados de trabalhadores! A galera se habituou bem e voltamos tranqüilos, exceto pelo horário: chegamos em casa às 20h30! Quatro horas depois de deixar a rádio... Bem, isso é São Paulo!



Na quarta-feira todos os corpos pediam calma! Depois de uma conversa sobre como foi a exploração, com uma revolta geral pela fome que passamos, a fim de refletirmos sobre o que vivemos e expor a coisa toda aos que não puderam ir. A proposta inicial do dia era, a partir de experiência do dia anterior, produzir quadros relatando em desenho e texto, o que tinha ficado marcado na memória delas. Com a turma dividida, os desenhos foram produzidos e começamos a discutir a proposta de criarmos pequenos programas de rádio, com tema livre, para experimentar o poder de comunicação da ferramenta. Os desenhos refletiram basicamente a idéia de expressão, de comunicação, que parecem ser coisas básicas, mas que não estão tão presentes quanto se deveria, no nosso cotidiano. Mesmo em relação à família, amigos, namorados, escola, comunidade...  



Quanto aos programas, surgiram músicas, musical com notícias e musical com entrevistas; que os jovens no grupo teriam de organizar, levantar temas, conseguir as músicas, preparar textos... E apresentar!
Foram-se todas com suas propostas e com a tarefa de trazer mais ou menos encaminhado, na...
... Quinta-feira começamos nos despedindo da jovem Tamires, que tem um filho pequeno e tem que se virar pra cuidar dele quase sozinha... Ela arrumou um trabalho e se desligou do programa! O título da postagem é dedicado a ela que a toda frase e questionamento bradava no início ou no fim “E aí”, que foi transformado em bordão pela turma na ida a Rádio Heliópolis! Boa sorte, Tamires!
Entre a turma, os corações pululavam, davam piruetas, tinha gente empolgada, gente suando frio e gente que nem apareceu! A começar pelo educador que levou uma hora montando o equipamento e... Não deu muito certo! Bem, na verdade deu, mas foi tudo com muita garra e é importante ressaltar a boa vontade da galera que não se deixou abater! Tinha de ficar um silêncio de velório, porque o laptop da Elaine pegava tudo que era som em volta, além do captado pelos microfones; o Audacity resolveu fazer birra e não gravava o áudio tocado no Mídia Player; tinha de tocar o som no microsistem e colocar os microfones pra pegar o áudio, tiveram de agüentar o educador brabo porque nada funcionava e depois tendo ataque de riso, com a música “Albuquerque” de Chico Buarque...



Mas foi muito massa! Os programas ficaram muito bons, com muito funk, eletrônico, pagode, romântica; entrevista, notícias e brincadeiras! A turma representou fazendo o trampo com seriedade, vencendo a timidez, e segurou a voz (mas nem sempre a tosse, que aparece em vários áudios), respeitando os outros grupos que se apresentavam! As meninas trouxeram dois bolos deliciosos pra incrementar o lanche! No final mostrei um pouco de como se fazia a edição dos trabalhos, pra tirar as gaguejadas, enroladas, ataques de riso e afins... pena que tempo se fez curto e a gente precisou encerrar o dia! Mas posso dizer que fiquei orgulhoso do resultado, em tão pouco tempo de convívio e trabalho conjunto!
Na página Turma da Tarde você pode ouvir os programas feitos pela galera!
Só clicar no link abaixo da foto no topo da página!

sábado, 5 de março de 2011

Minhas raízes e acordos coletivos.

          E a bola rola na segunda semana da 6ª edição do PJU, a semana fria e cinzenta de “verão” não impediu que as atividades ocorressem, para a turma da manhã em especial, o tempinho frio, a vontade de dormir mais 5(cinco) minutos, as blusas com cheiro de armário e a chuva fizeram parte do cenário desta semana de atividades, que iniciou com força total, primeiro com o encontro público, depois com as atividades de cartografia entre os participantes do programa e depois com as discussões calorosas dos acordos coletivos que acalentaram o frio, uma semana cheia para um começo, mas que já da pra sentir o entusiasmo e ansiedade da turma para saber como serão os dias que virão.  


         Um destaque para o encontro público, não era uma atividade que imaginamos como inicio do programa, mas acabou sendo a primeira saída do grupo avaliei positivamente, pois o fato de ter sido na Casa de Cultura Palhaço Carequinha proporcionou aos jovens conhecer o único equipamento público de Cultura do Grajaú, com exceção dos CEU’s (centro educacional unificado) da região, que infelizmente andam bem sucateados no que toca a atividades culturais para comunidade, muit@s d@s jovens não conheciam este espaço, aliás uma das frases que ficou gravada foi “Aquele lugar que fomos ainda é Grajaú ?”, sinto que essa conversa ainda vai longe, mas voltando a falar do encontro público a maneira que foi apresentada foi bacana dizendo sobre a avaliação d@s jovens, a apresentação da Banda Razallfaya e do Cesar foi o que @s jovens mais comentaram e curtiram, sobre o programa algumas dúvidas pairaram, mas que conseguimos sanar na organização com a participação da Elaine no dia seguinte em uma atividade que apresentamos o programa, e produções feitas por jovens de outras edições.

E a semana segue, e é momento de sentar entre nós e nos conhecermos melhor, afinal em meio a toda correria e confusão não dispusemos de tempo necessário e merecido para integração do grupo, que alias uma turma peculiar que vai se formando a cada dia, ainda tímida, pois muitos jovens selecionados para turma da manhã não conseguiram comparecer cedendo sua vaga para outro jovem da lista de espera, outros tiveram que ir para a turma da tarde, outros apareceram pela primeira vez somente esta semana, enquanto a turma se completa e se define a bola rola, e no caminhar do jogo as apresentações são feitas, mas de maneira diferente, propusemos uma atividade em que pudéssemos perceber as afinidades entre o grupo, a partir da origem de nossos pais, gosto musical, o que gosto e não gosto no bairro onde moro, o ultimo filme que eu vi, foi o mesmo que a pessoa do meu lado viu – que coincidência ! Assim a conversa flui melhor e @s jovens puderam ir se aproximando, e o silêncio do primeiro dia, aos poucos foi sumindo e dando espaço para um tititi infinito. Um destaque para nossas origens, quase todas as mães da turma vieram do estado da Bahia, uma parte bem pequena das mães nasceram aqui em São Paulo, então, fica aqui registrado uma singela homenagem aos pais que deixaram sua cidade natal.
Saudosa Bahia
Está fazendo três semanas que eu cheguei de lá
Está fazendo três semanas que eu cheguei de lá
Eu visitei trezentas e sessenta e cinco igrejas
Visitei terreiros e benzi meu patuá
Revi amigos e vi minha mãe querida
Tenho saudades do povo de lá!
Está fazendo três semanas que eu cheguei de lá
Está fazendo três semanas que eu cheguei de lá
No terreiro eu vi o candomblé
O meu acarajé provei urugunzá
Tenho saudades da minha Bahia
Só tenho vontade de voltar pra lá
Só tenho vontade de voltar pra lá
Só tenho vontade de voltar pra lá
Está fazendo três semanas que eu cheguei de lá
Está fazendo três semanas que eu cheguei de lá

            Por fim, estabelecemos os combinados de convivência entre o grupo, um grande momento na semana, as discussões foram bem calorosas e sinceras, que iniciou com uma frase de efeito da Lizandra “Melhor uma verdade que doa, do que uma mentira que conforta”, e assim foi o resto do encontro com @s jovens fazendo suas colocações sobre o que julgam fundamental para uma boa vivência em grupo, um espaço seguro para se abrir e falar de suas questões pessoais sem que sua vida se tornasse pública para além das paredes do programa foi a maior preocupação desta turma, a solicitação do grupo para o grupo é que a fofoca, intriga, frescura, falta de compromisso, irresponsabilidades e preconceito de lugar para confiança, respeito, compromisso, amizade e tolerância. No mais o grupo se cobrou sobre  questões de horário que agora os encontros iniciam mais cedo as 8hrs, celular, conversas paralelas e mais organização nas saídas, as discussões ocorrerão primeiramente em pequenos grupos e logo depois no grupão.
No final da atividade falamos um pouco sobre as possibilidades de produção dentro do programa, assistimos a alguns vídeos, folheamos alguns zines, conversamos sobre a intervenção do grupo  no  blog e sobre a produção de stencil, levei uma tela para a atividade e ao final o Vando não conseguiu esperar ate o momento de produzir o seu, e deixou a sua marca na comunidade, e com esta intervenção encerramos mais uma semana de atividades no programa.
  
       

QUEM É VOCÊ, QUEM SOU EU!?

E a segunda semana começou a todo o vapor!


Na terça, 1º de Março, tivemos a nossa primeira saída, indo ao 1º Encontro Público da 6ª Edição do PJU! Já enfrentamos de cara o maravilhoso modelo de transporte coletivo da cidade, com uma dificuldade chata pra carregar os Bilhetes Único e o tradicional busão lotado! Quem subia na lotação do Terminal Grajaú pelo caminho, não pode evitar demonstrar espanto ao ver o nosso grupo de jovens entupindo a lotação!

Sossegad@s, mas ansios@s, chegamos, um cadim atrasados (que o diga a jovem Ariane que ficou esperando o grupo no ponto do Carlos Ayres), ao nosso destino: a Casa de Cultura Palhaço Carequinha, onde o Alan, o Sequelle, o Magno e o Valther tocavam um cadim de MPB, Forró e afins, pra quebrar o gelo e animar a turma de 120 jovens das quatro organizações que realizam o Programa Jovens Urbanos no Grajaú. Não parecia haver gelo algum, pois o povo da Vento em Popa era uma animação só no fundão do auditório e quase tod@s conversavam... Mas ninguém quis dançar!

A galera curtiu bastante a sketch de teatro com o César e as falas dos jovens sobre o programa, por que “torna a coisa mais próxima”. Após as explanações sobre o desenvolvimento do programa e o procedimento das bolsas, a galera se soltou um pouco mais pra curtir o pessoal tocar mais algumas músicas! Ao final do lanche, na saída, papeamos rapidinho sobre o retorno pra casa e acertamos que ia cada um pro seu rumo! Caminhamos juntos até o ponto do Carlos Ayres, onde alguns jovens ficaram pra tomar o caminho de casa e outr@s seguiram até o Terminal Grajaú!





Na quarta, 2 de Março, momento fatídico de cada um@ conhecer e se apresentar ao grupo! Fatídico foi só pra dar clima, porque demos muita risada no processo das apresentações! Toda a equipe do Prainha participou e, aproveitando a atividade de cartografia realizada no processo de formação dos educadores, convidamos os jovens a se encontrarem por afinidades no grande grupo: time que torce, filme que gostou, local de origem da mãe, bairro onde mora, estilo musical que curte e religião, foram as temáticas que uniram e separaram os jovens, momento a momento na apresentação! Todos tinham uma tarjeta aonde iam anotando suas preferências, o que facilitou depois o processo de se apresentar pra geral!

Após a apresentação conversamos um pouco sobre diversidade e respeito mútuo. Na sequência ouvimos a música ‘O Processo’ do BNegão e discutimos um pouco sobre a ansiosidade, que tod@s sentimos no início de um processo tão intenso e complexo, e como são importantes a calma, a avaliação e a reflexão. Depois fizemos a apresentação do funcionamento do programa no Prainha e explicamos os procedimentos das documentações para a bolsa, esclarecendo possíveis dúvidas. Por fim avaliamos o encontro e a apresentação!






Quinta, 3 de Março, foi a hora de estabelecer os acordos coletivos de convivência! Ouvimos e falamos um poço sobre a música ‘Do It’ do Lenine, pra aquecer e deixar clara a proposta. Depois lemos o texto ‘Direito ao Palavrão’. Dividid@s em cinco grupos, @s jovens discutiram os horários de entrada, tolerância e saída; convivência e processos de decisão; uso dos materiais e equipamentos; uso do celular e computadores; lanche e organização do espaço. Após a discussão nos pequenos grupos, as definições foram colocadas na roda, com a geral reunida, a fim de discutir as propostas! Véio, que debate! Nem deu pra fazer todo o programa do dia! Foram, no total, duas horas e meia de discussão até chegar aos acordos do grupo! Infelizmente, nem tod@s se colocaram, ainda! Argumentando sobre a coerência, ou não, das propostas apresentadas, tod@s @s participantes, educador e educand@s, tinham o mesmo direito de voz e poder de decisão. Os acordos só eram considerados válidos quando havia consenso no grupo.  E houve! Fechamos 35 acordos de convivência pautando situações gerais e específicas do dia a dia! Em seguida distribuímos as cartas e lista de documentos para a bolsa auxílio e encerramos a atividade, já às 17h30! 




Rá!