domingo, 20 de março de 2011

E AÍ!?

Caraca, que semana bruta!
Mas muito louca!
É bem verdade que a nossa semana começou lá atrás, no dia 10 de março, finzão de carnaval! Nenhuma jovem saiu por aí jogando serpentina, mas ao menos, curtiram o feriadão prolongadíssimo!
Tinha ficado umas coisas pendentes no dia dos acordos coletivos, afinal o calor do debate comeu as horas do dia, e acordamos de assistir ao filme ‘Uma Onde No Ar’, de Helvécito Ratton, sobre a criação da Rádio Favela, em Minas Gerais, na década de 80. Fizemos uma rápida exposição sobre formas e possibilidades de trabalhar as produções jovens e falamos sobre o Blog PJU Prainha, convidando as jovens a intervir nele sempre que quiserem! A galera ficou meio tímida ainda com a idéia de blog, sendo que só a Tamires disse que já mexeu com blog’s alguma vez na vida!
Idos ao filme, a sensação foi que faltou um pouco de Hollywood na história... rsrs. Sem carros capotando, explosões e agentes especiais, deu pra perceber um soninho em alguns e um estranhamento interessante em outros... Ao final levantamos algumas questões sobre preconceito, direito de comunicação, relação com a família e com a escola...  Pena que nem todos ainda se expressam com facilidade no grupão! Fica sempre a velha impressão da escola regular, de que “se eu falar bobagem serei repreendido”, “não sei falar direito”...
No entanto os engasgos sumiram na hora de organizar a nossa primeira exploração! Pra variar a discussão comeu solta (amém!) com a questão dos horários de ida, volta, permanência, etc.; Destino: Rádio Heliópollis, na zona sudeste da cidade. Abrimos o sítio da SPTrans, para consultar e aprender o roteiro dos caminhos que faríamos. Aí, novo estranhamento: ônibus pro Jabaquara; metrô linha azul, baldeação no metrô pra linha verde, desce no Sacomã, pega outro ônibus, desce na Estrada das Lágrimas... Vixe!
Acertamos tudo e marcamos pra terça feira...



...na frente do açougue Rei do Gado, às 12h30! O povo foi se achegando, devagarzinho, e logo estávamos no busão pro Jabaquara, rumando! Como era de se esperar lotamos o busão, mas a viagem foi suave! Muito papo, muita risada e, claro, muitas fotos! Já no Metrô havia somente a preocupação de ninguém ficar pra trás! Conversamos olhando um mapa das linhas, explicando onde estávamos e onde íamos descer, mesmo assim, honestamente, fiquei um cadim apreensivo... Mas o Willian resolveu tudo de um jeito muito simples, com sua voz característica ele chamava a todos, dizendo: “Próximo!” E em meio às risadas, todas se achavam!



Na estação Ana Rosa, baldeação... Mais que isso, muitos prestaram atenção nas diferenças entre a linha azul e a verde: “a estação parece uma balada”; “tem muito mais segurança nessa aqui”; “olha, tem portinha pra ninguém cair nos trilhos”. Chegando ao Sacomã, estávamos todos no mesmo barco: o educador também não fazia idéia de onde estava! Oras, quem tem boca vai a Roma e como sabíamos qual era o ônibus, foi só questão de perguntar! Mesmo assim, quase pegamos um ônibus pra Diadema, pois o fiscal não avisou que a primeira plataforma era intermunicipal. Achamos nossa condução, Jardim Arapuá e após duas horas e quinze de viagem... Chegamos!



Rá, chegou nada, ainda rolou uns 15 minutos de caminhada até a rádio! 29 Km de rolê!
Uma garoa gelada nos saudou, enquanto a galera enganava a fome com o lanche coletivo pelas ruas de Heliópolis, comparando: “nossa, parece o Prainha, só que com asfalto!”. Depois de perguntar pra algumas pessoas, finalmente, chegamos à Rádio Heliópolis!
Rogerinho nos recebeu, acompanhado de uma galerinha firmeza do Alconscientes, que nos explicou o trampo que fazem e convidou a gente pra colar na Balada Black sem Álcool (lembrou minha adolescência no Straight Edge)!
Fica registrado o nosso agradecimento pela recepção!
Conhecemos os estúdios da rádio, fomos entrevistados pelo locutor Zenildo Ribeiro, assistimos ao filme Levante Sua Voz, do coletivo Intervozes, e conhecemos a história da rádio, contada pelo Rogerinho. Os jovens puderam tirar dúvidas, mas, infelizmente, o longo trajeto de volta nos fez cortar o papo pra tomar o rumo de casa... Mas não sem antes tirar uma foto com o pessoal da rádio!



No caminho de volta achei que o cansaço tiraria o ânimo de toda a turma... Coisa nenhuma! Voltaram mais falantes e risonhas do que nunca! E olha que, como de costume, os trens e ônibus estavam abarrotados de trabalhadores! A galera se habituou bem e voltamos tranqüilos, exceto pelo horário: chegamos em casa às 20h30! Quatro horas depois de deixar a rádio... Bem, isso é São Paulo!



Na quarta-feira todos os corpos pediam calma! Depois de uma conversa sobre como foi a exploração, com uma revolta geral pela fome que passamos, a fim de refletirmos sobre o que vivemos e expor a coisa toda aos que não puderam ir. A proposta inicial do dia era, a partir de experiência do dia anterior, produzir quadros relatando em desenho e texto, o que tinha ficado marcado na memória delas. Com a turma dividida, os desenhos foram produzidos e começamos a discutir a proposta de criarmos pequenos programas de rádio, com tema livre, para experimentar o poder de comunicação da ferramenta. Os desenhos refletiram basicamente a idéia de expressão, de comunicação, que parecem ser coisas básicas, mas que não estão tão presentes quanto se deveria, no nosso cotidiano. Mesmo em relação à família, amigos, namorados, escola, comunidade...  



Quanto aos programas, surgiram músicas, musical com notícias e musical com entrevistas; que os jovens no grupo teriam de organizar, levantar temas, conseguir as músicas, preparar textos... E apresentar!
Foram-se todas com suas propostas e com a tarefa de trazer mais ou menos encaminhado, na...
... Quinta-feira começamos nos despedindo da jovem Tamires, que tem um filho pequeno e tem que se virar pra cuidar dele quase sozinha... Ela arrumou um trabalho e se desligou do programa! O título da postagem é dedicado a ela que a toda frase e questionamento bradava no início ou no fim “E aí”, que foi transformado em bordão pela turma na ida a Rádio Heliópolis! Boa sorte, Tamires!
Entre a turma, os corações pululavam, davam piruetas, tinha gente empolgada, gente suando frio e gente que nem apareceu! A começar pelo educador que levou uma hora montando o equipamento e... Não deu muito certo! Bem, na verdade deu, mas foi tudo com muita garra e é importante ressaltar a boa vontade da galera que não se deixou abater! Tinha de ficar um silêncio de velório, porque o laptop da Elaine pegava tudo que era som em volta, além do captado pelos microfones; o Audacity resolveu fazer birra e não gravava o áudio tocado no Mídia Player; tinha de tocar o som no microsistem e colocar os microfones pra pegar o áudio, tiveram de agüentar o educador brabo porque nada funcionava e depois tendo ataque de riso, com a música “Albuquerque” de Chico Buarque...



Mas foi muito massa! Os programas ficaram muito bons, com muito funk, eletrônico, pagode, romântica; entrevista, notícias e brincadeiras! A turma representou fazendo o trampo com seriedade, vencendo a timidez, e segurou a voz (mas nem sempre a tosse, que aparece em vários áudios), respeitando os outros grupos que se apresentavam! As meninas trouxeram dois bolos deliciosos pra incrementar o lanche! No final mostrei um pouco de como se fazia a edição dos trabalhos, pra tirar as gaguejadas, enroladas, ataques de riso e afins... pena que tempo se fez curto e a gente precisou encerrar o dia! Mas posso dizer que fiquei orgulhoso do resultado, em tão pouco tempo de convívio e trabalho conjunto!
Na página Turma da Tarde você pode ouvir os programas feitos pela galera!
Só clicar no link abaixo da foto no topo da página!

3 comentários:

  1. o passeio foi legal tchanps!!!!!!!!!!!
    ah e tira o outro comentario: camila

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  2. - O passeio foi muitto legal adorei !

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  3. e aí galera, alguém viu os programas de rádio???

    estão postados na página da Turma da Tarde!

    ah, e não precisa excluir o comentário, não!?

    todas as idéias são iportantes aqui!!!

    abraços

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