segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Cola,tesoura, figuras,zines + EDUCAÇÃO DE QUALIDADE.

após muita discussão, visitas as escolas públicas e ao núcleo de consciência negra - usp, finalizamos nosso material de educação, a produção dois zines, que evolveram um processo artesanal bem bacana - no bom e velho estilo faça você mesmo, com cola,tesoura, figuras e uma boa ideia na cabeça!!! 

vejam os resultados. 






Diante de toda essa produção a turma também produziu uma carta com suas reflexões sobre a escola pública, e opinião dos alunos entrevistados, a carta foi encaminhada a Secretária de Educação ao Professor Samuel A. dos Santos. 

São Paulo, 14 de Setembro de 2011.
A/c
Professor Samuel A. dos Santos.

Carta à Diretoria de Ensino – D Sul 3 escrita pelos jovens do Programa Jovens Urbanos 6ª edição da comunidade assistência Jardim Prainha.
Por meio desta carta, nós, do Programa Jovens Urbanos da Comunidade Assistencial do Jardim Prainha, viemos informar aos senhores (as) o resultado de uma pesquisa que fizemos sobre “Educação” no período de três semanas realizamos algumas discussões sobre o ensino público, privado em todos os níveis, ensino regular e superior, em dado momentos da pesquisa realizamos um trabalho de campo nas escolas e no Núcleo de Consciência Negra Usp – que é centro de estudos que busca inserir discussões sobre a inclusão de afrodescendentes na universidade pública, o NCN – também mantem um cursinho popular para afrodescendentes dentro da cidade universitária.
A Comunidade Assistencial Jardim Prainha, entidade sem fins lucrativos, criada em 26 de Outubro de 1999, com o objetivo de propor espaços para articulação e desenvolvimento da comunidade local. Em 2009 a associação JD Prainha como ONG executora recebe  Programa Jovens Urbanos(PJU) que é uma iniciativa da fundação Itaú Social, com coordenação técnica do CENPEC (Centro de estudos e pesquisa de educação, cultura e ação comunitária) em parceria com os distritos selecionados no município de São Paulo. O objetivo central do Programa é expandir o repertório sócio-cultural de jovens de 16 á 20 anos e 11 meses, moradores das regiões metropolitanas em situação de vulnerabilidade de maneira a contribuir para processos de desenvolvimento juvenil do ponto de vista individual e coletivo e a ampliação de suas condições de inserção no mundo do trabalho.
Contatos com as escolas.
Definimos em grupo que para realizar a pesquisa visitaríamos duas escolas da região em períodos diferentes manhã e noite, pré-definimos em grupo que a escola a ser visitada no período da manhã seria a E.E Profª Adelaide Rosa Fernandes Machado de Souza e no período noturno a E.E Profª Maria Luiza de Andrade Roque.

Entramos em contato com as escolas para que pudéssemos fazer a pesquisa, agendamos horário para irmos ás escolas. A primeira escola que pensamos em ir foi a E.E Profª Maria Luiza de Andrade Roque, mesmo marcando hora com o coordenador Daniel não fomos bem recebidos pelo Vice - diretor Pedro, para entrarmos e dar continuidade á pesquisa, ele alegou que para entrar na escola teríamos que apresentar um projeto (sendo que para fazermos o projeto precisaríamos da pesquisa que seria feita na escola) tentamos argumentar com o Vice diretor e fazer com que ele nos atendesse, mas sem sucesso, acabou não deixando que entrássemos na escola para falar com os alunos, por este motivo desistimos de fazer a pesquisa nessa escola.    
Com a impossibilidade de realizar a pesquisa na escola E.E Profª Maria Luiza de Andrade Roque decidimos tentar contato com a escola E.E. Plinio Salgado, nesta escola não quiseram nem saber do que se tratava nossa pesquisa.
E por ultimo as escolas E.E Profª Adelaide Rosa Fernandes Machado de Souza e E.E. Condominio Carioba Recanto Marisa, que fomos muito bem recebidos pela secretaria, conseguimos entrar nas escolas e fazer a pesquisa com sucesso. Ficaram entusiasmados e gostariam de ver o resultado da pesquisa quando terminássemos.
Sugestões e críticas sobre as escolas.
 As questões mais abordadas com os alunos, professores e funcionários foram sobre “o que falta na escola para melhorar a educação”, “o que tem de bom na escola” e “como é o ensino”, e como é a relação entre os professores, alunos e escola.
Por questões de segurança resolvemos preservar a identidade dos alunos e professores que cederam as informações para nosso trabalho.

O que falta!
Ø  Falta de materiais didáticos, de esporte e equipamentos como computadores, som e projetores na sala de aula. 
Ø  Falta de segurança nas escolas com relação a má iluminação, equipamentos de primeiro socorro e extintores.
Ø   Aspecto físico interno da escola tem diversos problemas, salas superlotadas, banheiros não tem água, não tem laboratório de química, teatro, um laboratório de informática que possa ser utilizado pelos alunos, piscina e aula natação.
Ø  Ambiente escolar com mais excursões educativas (museus, teatros e etc.) e aulas mais atrativas que motivem os alunos a frequentar a escola.

O que tem de bom!
                    ?

Como é o ensino!
Ø  O ensino oferecido pela escola não possibilita que os alunos encontrem um emprego satisfatório, por conta de ser defasado.

Relação entre alunos e professores!
Ø  Diversos problemas com relação a comunicação entre os alunos,  professores e até diretores as informações fundamentais e comunicados são avisados em cima da hora, ou com a data vencida.
Ø  Diversos problemas de desentendimento entre alunos e professores, ofensas constante, baderna e falta de interesse de ambas as partes.
Ø  Falta de motivação de alguns professores para executar seu trabalho. 

Sugestões à secretária.
 Sugerimos a secretária que disponibilizem profissionais para ir ate as escolas públicas ouvir os alunos, professores e funcionários, sobre os problemas enfrentados no dia a dia escolar, e apresentar soluções para melhorar as relações entre professor e aluno, os problemas de infraestrutura da escola, e materiais didáticos. 
Pedido
Visitamos duas escolas da região do Grajau e tentamos contato com mais outras duas, encontramos em todas as escolas que visitamos algumas dificuldades tanto por parte dos alunos, quanto por parte dos professores e funcionários da escola, de alguma forma identificamos alguns problemas que relatamos acima, gostaríamos de obter informações sobre as providências que a secretaria pode tomar para solucionar os problemas encontrados na escola. 
Conclusão do grupo.
Por fim, podemos observar que os próprios alunos, e alguns professores não estão satisfeitos com o ensino e a escola em si, eles esperam que o ensino e a segurança da escola e dos alunos ainda possam ser salvos.
Esperamos obtermos respostas satisfatórias sobre as providencias tomadas.
Atenciosamente.
Agradecemos a Atenção:
Programas Jovens Urbanos da Comunidade Jardim Prainha.
Participantes – Alcimara, Ana Caroline, Daniel, Daniele Mayara, David, Dhou, Gislaine, Henrique, Julio Cesar, Karine, Lays, Leticia, Liliane Rodriguês, Lizandra, Natalia, Pedro, Priscila, Rafael, Renata, Tuany.   
Obs.: Além desta carta  ser encaminhada á Secretaria do Ensino e escolas pesquisadas,  publicaremos a carta em nosso Fanzine que  distribuiremos aos alunos, bairros  e também em nosso  blog www.pjuprainha.blogspot.com.

foram para esta atividade, entregar a carta a diretoria de ensino - Dsul-3 10 jovens no dia 14-09-2011.  

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

É a Mardita da Dorga!

O Assunto é sério mas a abordagem é complexa. Então a gente brinca! Pena que o tempo foi curto (maldito feriado!)
Como discutir drogas sem cair na hipocrisia moral que separa as drogas em socialmente aceitáveis e ilegais, e mais ainda se contar as drogas da felicidade da medicina moderna...!?
O caminho escolhido então foi discutir as drogas amplamente, considerando o que seria, talvez, mais acessível: cigarro, álcool, maconha, cocaína, ecstasy e crack... E trabalhando em uma perspectiva de pensar no que é que é tão atraente nos químicos, quais as experiências que já rolaram, pra entrar no debate das consequências e das perspectivas sócio-políticas do uso de drogas.
E claro que partindo do meu próprio centro de experiências eu caí do cavalo, porque lança perfume, por exemplo, ainda é uma coisa, infelizmente, cotidiana!
Mas fomos!
Iniciamos com o filme "Kids", de 1995, mas ainda atual...
Aproveitando a trama entramos na discussão das experiências que os jovens tiveram, por qualquer motivo, comparando a momentos do filme, tomando como mote as consequências e riscos em que as pessoas se colocam ao misturar drogas, ou aos efeitos que deixam as pessoas fora de sí, incapazes de compreender ou reagir ao que acontece a sua volta.
Levantamos efeitos e reações nas experiências e em artigos sobre drogas do site Brasil Escola, comparando e apresentando os riscos potenciais.
Mas é muito recorrente nos argumentos as partes 'divertidas' do uso, seus 'benefícios', como desinibição, alegria, calma, esquecer os problemas; que muitas vezes faltam ao cotidiano...
Outras colocaram ainda a questão de uso de estimulantes para pensar, refletir e também do uso religioso e medicinal da maconha, por exemplo.
Discutimos então as drogas como ferramenta de controle social, tornando as pessoas apáticas e dependentes, sem capacidade de reação aos problemas sociais e políticos, bem como dependentes de uma felicidade induzida, que não se concretiza no dia a dia de trabalho, escola, família, comunidade, etc., por inúmeros fatores.
Nesse ponto, embora isto seja uma avaliação muito externa e hipotética, parece ter havido uma 'queda de ficha', pois muitos jovens ficaram pensando e houve uma certa pausa na discussão.
Conversamos então sobre os movimentos de jovens que se opõe ao uso de drogas em geral como os Straight Edges, ligados ao movimento punk, e os Jovens Alconscientes, de Heliópolis.
Por fim surgiram reflexões de preocupação com o uso e outras de reafirmação do uso... uma discussão difícil...
Enfim produzimos alguns cartazes (foi falta de ideia melhor, mesmo) de uma tentativa de conscientização sobre o uso de drogas... o que também se revelou difícil, já que num mesmo grupo haviam afins e contras o uso por qualquer motivo, meio termos e outras conotações...




sexta-feira, 2 de setembro de 2011

escola: porque, pra quem, como...

A discussão é complicada, são tantos os problemas que fica difícil pensar em por onde começar. Começamos o processo com o filme "Pro Dia Nascer Feliz", que mostra o cotidiano e depoimentos de alunos, professores e diretores sobre o sistema de ensino brasileiro. Engraçado ver como, sem precisar conhecer objetivamente as ideias de Marx, a galera trás a luta de classes pro centro da discussão quando aparece a galera que estuda em escola particular e seus problemas. A distância entre os mundos, apesar da proximidade de idade, juventude, crises, já coloca em pauta a desigualdade (e sua perpetuação!?) nas condições de acesso, desenvolvimento, aprendizado, etc..
De início os jovens colocaram as questões relativas a seu desgosto por ir à escola: não entendem a relação das matérias com o cotidiano de suas vidas; querem poder opinar no dia a dia e andamento das aulas; querem fazer mais do que ouvir, ler e reproduzir; querem novos meios pra aprender; entre outras coisas...
Na sequência das discussões lançamos problematizações sobre qual o papel dos jovens nesse contexto, a situação dos professores, a organização estudantil, etc..
Nesse ponto os jovens marcaram muito a posição de que quando lançam alguma ideia pra fazer outras atividades na escola são logo rechaçados, não tem direito a voz, não são respeitados pela estrutura escolar, e por isso não sentem interesse em propor qualquer coisa.
Pra qualificar um pouco mais a discussão convidamos os jovens Emerson, Roberta e Gabriel, ex-alunos da E. E. Vieira de Morais, para contar sua experiência de organização estudantil contra o autoritarismo da direção da escola. Sem poder acessar biblioteca, quadra, sala de informática, organizar grêmio estudantil, os jovens da escola se juntaram, conversaram, debateram, organizaram uma greve estudantil, resistiram, mobilizaram parlamentares, professores, sindicato... e conseguiram provocar um debate muito importante sobre a participação dos alunos na organização da escola! E de quebra derrubaram a diretora!
Os jovens discutiram com os ex-alunos sobre essa atuação, ouviram, questionaram, se colocaram, trocaram experiências! Falamos um pouco sobre a LDB e suas regras que estão, ainda, no plano das ideias. E sobre como questionar isso!
Nos dias que se seguiram a ideia foi produzir uma carta de sugestões sobre o ensino público, onde os jovens levantariam ideias, a partir de sua própria vivência, sobre como tornar a escola um lugar mais interessante.
Inicialmente reconstruímos a história da escola no Brasil, as alternativas de modelos de ensino, o papel do positivismo na escola, a reafirmação ideológica dentro da escola, a quem ela interessa, quem leva vantagem em manter a sua estrutura como é!
Pensamos também em a quem a escola serve, afinal, não é por acaso que ensino é tão ruim, não é incompetência, é ação política! Logo, após várias discussões, concluímos que empresários, políticos, grandes veículos de comunicação... A todos estes interessa uma população sem capacidade de análise e interpretação.
Partimos então pro levantamento das possíveis ações que os jovens poderiam fazer para melhorar o aprendizado, o cotidiano, a estrutura, etc..
Muitas coisas, muitas ideias, muito debate e o levantamento dos pontos que deviam constar na carta.
A ideia não era fazer uma carta pra ficar de enfeite no Blog, com todo empenho dos jovens congelado. Já levaríamos a carta às mãos da Secretaria de Educação (onde ainda não entregamos). Mas pensei em algo mais simbólico: levar a carta a um deputado na Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo.
Pensei no deputado Carlos Giannazi, que pauta seu programa político na defesa de uma educação de qualidade. Se é assim vamos ver como ele reage com os principais atores frente a frente!
Conversei com os jovens e, após uma preocupação inicial, decidirmos ir. Engraçado ver que as preocupações deles estavam pautadas em coisas do tipo, "mas a gente pode entrar lá!?", "não vamos ser expulsos de lá, né!?", entre outras...
Marcamos então a ida, solicitando uma audiência com o Deputado, pois não queríamos dar a carta na mão de um assessor, como é de costume. E achei que era isso que ia acontecer...
Mas nos surpreendemos. Como hora marcada prás 15h, chegamos e fomos até o gabinete dele. De lá fomos encaminhados pra um salão onde fomos recebidos pelo próprio Giannazi, que conversou com os jovens, recebeu a carta, levou-nos pra assistir à plenária, sugeriu formas de atuação e se dispôs, em palavras, a aprofundar conversas sobre os problemas da educação pública em São Paulo, se possível, indo até o Prainha.
Claro, não há nada de garantido nisso, mas o objetivo da ida a Assembléia era mostrar aos jovens que todos os caminhos são importantes pra travar uma luta pra mudar a realidade do que eles vivem... e detestam! Foi de lembrar que, ainda que não gostemos da realidade política, ela está posta, os deputados legislam, são eleitos, re-eleitos, ganham muito bem, então temos de ir lá, não num escritório político, mas na Assembléia, lembra-los que sabemos quem são, o que devem fazer, e que estamos vendo. Ainda que o sistema não seja nada perfeito, eles ainda vivem de votos... Então não podemos simplesmente aceitar que eles vivam tranquilamente só porque não concordamos com o sistema! A Legislação, ruim que só ela, ainda pode ser mudada!
Ou não!
Mas, com essa experiência, se alguém tem que decidir se acredita ou não na política são os jovens, não eu...
A discussão sobre educação foi mais longe do eu esperava que podia fazer, entrando sobretudo na questão de que não é só na escola que se aprende e que se a escola pretende se tornar um espaço de formação humana de verdade!
Na página jovem estão os relatos deles sobre a ida a Assembléia!

Abaixo, a carta com as idéias jovens e fotos de nossa ida a assembleia!


CARTA ABERTA DE INDICAÇÕES SOBRE A EDUCAÇÃO PÚBLICA


Exmo. Deputado Carlos Giannazi

Vimos por meio desta pedir sua atenção sobre o processo de desmoronamento que sofre a educação pública.
Somos jovens estudantes e concluintes do ensino médio da região do Grajaú, zona sul de São Paulo e, após passar cerca de dez anos dentro destas escolas, acreditamos poder reivindicar e sugerir melhorias em sua estrutura geral, de forma a que a escola pública se torne um espaço plural, dialogado, dinâmico e interessante.
Cabe dizer que muito se tem falado de como os jovens em geral estão desinteressados e não aprendem sequer o básico do que é passado nas escolas, estando mal preparados para o mercado de trabalho e, mais ainda, para ingressar na universidade.
No entanto, não nos recordamos de qualquer momento onde foi nos perguntado o que achamos da escola, de sua estrutura, de sua forma, de seus conteúdos, etc..
A escola, no passar dos anos, tem se afirmado como um espaço para onde vamos por obrigação, sem entender quais são as relações dos conteúdos transmitidos com o que vivemos no dia a dia. As matérias nos são ensinadas de forma pouco atrativa, apenas oral e textualmente, de forma autoritária, onde não podemos nos colocar, questionar debater, etc..
No geral, nos sentimos prisioneiros da escola e, por ser jovens em fins de adolescência, indesejados. Não somos respeitados por diretores, professores, serventes, inspetores, etc., sobre toda e qualquer situação onde queremos discutir, conversar, contrapor ou sugerir.
Utilizamos, então, nosso direito de expressão e reivindicação e, conhecendo sua posição por uma educação pública digna e de qualidade, queremos ajudar a pensar em formas mais interessantes e próximas da nossa realidade para desenvolvimento do ensino público.


As aulas devem ser dinâmicas. Atividades com filmes, música, ações fora da sala de aula, produções em multimeios; podem ser formas de dinamizar as aulas. Uma aula de literatura pode ser iniciada com um filme; uma aula sobre estrutura poética pode ser realizada com RAP; uma aula de química pode ser realizada com culinária;

Outras atividades que ampliam nossas capacidades intelectuais e físicas, como teatro, dança, música, mostras culturais, deviam ser incorporadas a estrutura escolar pública. São atividades que podem ser relacionadas aos conteúdos das aulas, dotando estas de maior sentido.

Deviam haver excursões relacionadas às aulas, que complementassem ou introduzissem matérias ou conteúdos. Por exemplo, visitar o Museu Catavento para discutir Física; ou o Museu da Língua Portuguesa para aulas de Português. Tornaria as atividades agradáveis, divertidas e nos fariam aprender com mais facilidade, vendo as coisas na prática. Excursões por diversão também são importantes, mas poderiam incluir, também, museus, teatros, espaços culturais, etc..

A informática precisa ser incorporada às aulas. Não no sentido de educação à distância, mas de termos atividades utilizando a internet , como blogs, e programas de computador. Estes já fazem partem do nosso dia a dia, fazendo com que nossa integração às aulas seja maior.

Laboratórios e bibliotecas precisam ser integrados ao sistema de ensino. Quando existem nas escolas não podemos usá-los, ou podemos com muitas restrições. Aulas de química e física são extremamente desinteressantes quando dadas somente oral e textualmente.

As aulas de Educação Física precisam ter algum objetivo claro e variedade de esportes para escolhermos o que queremos participar. Em geral ficamos brincando ou “jogando bola”, fazendo com que a aula pareça simplesmente um passatempo.
As apostilas, cartilhas, jornais e afins precisam ser retirados das escolas. Seu uso padronizou o ensino de forma negativa, pois os professores não têm liberdade para desenvolver aulas próprias, as cartilhas apresentam muitos erros e, se já não havia dinâmica nas aulas, desde o inicio das apostilas isso piorou. Precisamos de uma escola plural e não padronizada.

A escola pública podia se estruturar numa forma onde tivéssemos o ensino básico, onde todos aprenderiam de forma generalizada, e depois um ensino complementar e profissional conjunto. Nessa segunda fase poderíamos escolher as matérias que gostaríamos de aprofundar conhecimentos de acordo com o que pretendemos estudar na universidade e com a profissão que escolhermos. O ensino profissional deve ser parte do ensino público regular, como forma de melhorar as condições de vida dos jovens de periferia.

O ensino público precisa desenvolver um sistema de incentivo a leitura que se inicie nos primeiros anos de estudo das crianças, com revistas em quadrinhos, livros infantis, etc., desenvolvendo-se com o passar dos anos para leituras mais complexas. É muito difícil chegar ao Ensino Médio e ter de ler e interpretar obras literárias, inclusive com vistas a universidade, sem nunca ter tido incentivo e desenvolvimento da leitura nos anos anteriores.


Esperamos que estes apontamentos sirvam de alguma maneira na avaliação, discussão e propostas para melhoria da escola pública, de forma a criar um espaço participativo, plural, dinâmico e que cumpra seus objetivos como espaço de aprendizado e formação para a vida de crianças e jovens.



Atenciosamente,


Alessandra Beres, Camila Lima, Caroline Braz, Ciara Souza, Daniele de castro, Fernanda Gomes, Gabriela Simora, Guilherme da Silva, Ingrid Caroline, Keity Gomes, Keyla Lidia, Laura Rita, Luana Alves, Lucas de Araújo, Maria Daniele Rodrigues, Marisa de Lima, Rita de Cássia, Willian Martins e Yasmin Dominguês.


Programa Jovens Urbanos – Comunidade Assistencial Jardim Prainha


São Paulo, 30 de agosto de 2011







15 jovens foram para esta exploração