segunda-feira, 16 de maio de 2011

Debatendo os Problemas Políticos (e não só...)

postagem referente à semana de 19 a 21 de Abril

Finalizadas as discussões sobre o Plano Jovem retomamos as conversas sobre participação política! As jovens haviam iniciado esse processo na semana anterior e ele devia culminar no plano jovem, mas por conta da quantidade de coisas a fazer e de outros atropelos estruturais a conversa se prolongou um pouco mais!
A coisa aqui vai ficar meio enrolada, então pegue um café e tente seguir o raciocínio nem sempre lógico deste educador!  Atrasar a postagem mata a emoção do relato!
A gente discutiu sobre as diferentes formas de organização da sociedade e as diferentes formas de participar na vida pública: organizações não governamentais, coletivos, partidos, movimentos sociais, etc.. Com um exemplo, não muito bem sucedido é verdade, de como decidir se devíamos pintar ou não uma parede a partir das diversas formas de organização política de um grupo de pessoas, discutimos as vertentes políticas. Os jovens visitaram o Memorial da Resistência e foram conhecer um pouco da história política do Brasil. Na volta fizeram relatos sobre a visita que podem ser lidos na seção Turma da Tarde deste blog.
Assistimos então ao filme Batismo de Sangue, baseado no livro de Frei Betto sobre a ditadura militar e conversamos, com a participação do Kleber, educador da manhã, sobre o direito de se organizar, sobre repressão, sobre a história recente de nosso país e sobre como alguns atores daqueles tempos ainda estão, hoje, coordenando a nossa política, grandes empresas e grandes veículos de comunicação. E como isso tudo influenciou a educação, a cultura, os partidos políticos, a comunicação, entre outros desde a década de 60 até hoje. O mais tenso é que muitos jovens não faziam idéia do passado recente de nosso país e uma situação que achávamos superada de nosso tempo, quando as aulas de história iam somente até a proclamação da república, se mostrou muito atual: a negligência da escola pública sobre a história do Brasil de 1900 em diante. Acabou sendo mais uma aula de história do que uma discussão propriamente dita.
Na quarta feira à tarde, 20 de Abril, recebemos um e-mail da Maria Brant sobre o processo das bolsas e na quinta feira abrimos um franca conversa com os jovens sobre a situação deles em relação à bolsa e mostramo-lhes o e-mail. Parece que as discussão sobre política dias antes vieram a calhar e os jovens resolveram que queriam se manifestar quanto ao caso. Inclusive porque dias antes havíamos feito uma conversa reflexiva com algumas delas sobre oportunidades de empregos que surgiram e as pressões familiares. As jovens decidiram por escrever suas opiniões e reivindicações em tarjetas e que fosse compilado o conteúdo num e-mail ao CENPEC. E assim o fizemos! O conteúdo do email enviado ao Cenpec pode ser lido na página da turma da tarde. Por conta da dinâmica louca do processo, o fim do período de adesão e a necessidade de adentrar outras discussões pertinentes aos processos que viriam, esta vivência finalizou o eríodo de discussão mais objetiva sobre política. Na semana seguinte o Vagner e a Maria colaram aqui na Associação e conversaram com a turma da manhã e com a nossa equipe sobre o problema das bolsas, sobre as cartas dos jovens e sobre a mediação de conflitos políticos no programa. Momento para avaliar que enquanto grupo todos temos responsabilidade sobre o que dizemos e sobre o que fazemos no Programa em relação aos jovens.
A turma da tarde tinha exploração marcada para o MASP e preferimos manter o cronograma (essa parte aqui vai fazer sentido quando eu começar a relatar as discussão sobre o EU, na próxima postagem).
Venho sendo crítico em relação às oportunidades de trabalho que surgem para alguns jovens e temos feitos conversas no sentido de que o jovem não simplesmente aceite o trabalho por ser um trabalho, mas avalie as condições desse trabalho, reflita sobre ganhos e perdas em relação a sair ou permanecer no PJU, sua relação com a família, sua necessidade real de trabalho e seu desenvolvimento intelectual, etc.. Nesse processo alguns jovens optaram por permanecer no Programa e outras optaram por vivênciar as oportunidades de trabalho. E assim vamos vivendo! Não queremos que os jovens se arrependam nem de uma escolha nem da outra, mas que reflitam e escolham com propriedade! E não simplesmente ajam de acordo com o que a moral liberal prega!

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