segunda-feira, 25 de abril de 2011

Plano Jovem - Manhã

No dia 14/04 a turma da manhã do Pju 6° edição fizeram suas sugestões e puderam indicar aquilo que querem para sua formação no programa, tivemos a presença do Educador Paulo do Núcleo Lagoa de Heliopolis, segundo as/os Jovens "foi a vez do troco" depois de passarem 4hrs dentro do transporte coletivo para chegar ate a Rádio Heliopolis, nada mais justo do que vim alguém de Heliopolis para fazer a atividade conosco, como sabemos que o percurso é longo, o atraso é mais do que justificavél. 


Para o inicio do dia organizamos um café cultural regrado de muita comida boa e poesia alimentamos o corpo e a alma, tod@s participaram , inclusive o Paulo que lançou de improviso uma poesia dos tempos da escola.


Bem alimentados(corpo e alma) e com inspiração para um dia intenso de trabalho começamos as atividades, o Paulo iniciou os trampos fazendo uma apresentação dele para os jovens e dos jovens para ele, de uma forma bem irreverente ele conseguiu quebrar o gelo e a vergonha da turma, isso facilitou muito o andamento das atividades, logo passamos para a atividade do "J" os/as jovens fizeram as sugestões livremente sobre o que tinham como expectativa sobre o programa. Utilizamos targetas e logo o quadro com a letra "J" foi  ficando colorido e cheio de propostas.



logo passamos para a apresentação do programa, a Elaine Coordenadora do programa no prainha, de uma forma bem didática foi desvendando cada palavrinha que embola nosso celebro, "Trajetória âncora" , "experimentação", "inventiva" - Que porra é essa Kleber? a pergunta que nunca cala, e que naquele dia pode ser aprofundada, e com calma ser "explorado" cada significado. 



logo após a apresentação e discussão sobre o formato e termos técnicos do programa, passamos para a discussão sobre o "U", união das propostas do programa as expectativas dos/as jovens. Visualização das propostas todas as targetas ao chão e foi hora de falar a real. Percebemos que muitos dos apontamentos dos/as jovens eram com relação a infraestrutura do espaço da associação, e com relação aos computadores que estão ultrapassados. 


Os apontamentos abriram a possibilidade de falarmos sobre a reforma do espaço e sobre as condições da associação, sendo assim precisamos de paciência ate a finalização das obras, e logo menos teremos um espaço próprio para o desenvolvimento das atividades do programa. 


A ultima parte do plano jovem foi a eleição para o representante - que após algumas discussões sobre política(postaremos logo logo as produções da turma sobre estas discussões) foi feita a escolha da Liliane Rodrigues para ser a representante da turma, com a consciência de que esta representação é horizontal e que não significa poder sobre o grupo, e nem diferenciação entre os demais companheir@s e sim uma forma de colocar e defender de forma democrática as demandas deste grupo no qual ela também faz parte.

                  

sábado, 23 de abril de 2011

Plano Jovem

Nesta semana os jovens puderam dizer à organização do programa o que esperam e o que querem que o programa desenvolva nos dez meses de formação delas.
De início os jovens realizaram uma organização especial do espaço da associação para receber a educadora Drika. Prepararam lanches, arrumaram o espaço e organizaram uma apresentação do que já haviam feito no programa a partir do blog. Como o início demorou um poucoo, realizamos a eleição dos representantes da turma. Numa disputa acirrada, por apenas um voto de diferença, Lucas foi eleito representante e a vice representação ficou com a Laura. A Drika chegou e começou a papear com os jovens e iniciaram a apresentação de todos.


A apresentação foi feita de modo simples, com cada um dizendo seu nome e idade. Logo em seguida as jovens Laura e Lucas realizaram a apresentação dos trabalhos desenvolvidos. Partimos então pra tempestade de ideias, onde os jovens puderam dizer livremente o que gostariam de fazer no programa.


No geral os jovens esperam muito pelas explorações, não tendo muito parâmetro pra se colocar em relação às experimentações e expressões. Claro que surgiram ideias de experimentações e expressão. Mas em número muito inferior. As definições dos locais pra visitar, das coisas pra fazer, ficaram em sua maior parte nos termos genéricos. Museus, lugares históricos, espaços culturais, parques de lazer e de diversão, foram os mais sugeridos pelas jovens. Mas também surgiram oficinas de teatro, de dança, de graffiti, de fotografia, fazer jornal de bairro, oficinas de artes, entre outras. Até necrotério surgiu! Brrrrr!


Logo em seguida fizemos um grande lanche coletivo com os preparos dos jovens. Elas prepararam bolo, salsicha ao molho, pão com patê, Huuuuuuuuuuuuuummmmmmmm!
Difícil foi voltar pra atividade depois!
A Elaine preparou uma apresentação bem simples no flipshart, com tarjetas coloridas, onde apresentava os eixos do programa, os parceiros, a proposta e o desenvolvimento do trabalho. Acho que foi a primeira vez que os jovens entenderam de verdade uma apresentação sobre o programa na 6ª edição.


Muitas das sugestões das jovens são pertinentes à proposta do programa. No geral as diferenças ficam por conta do que os jovens colocam como momentos de lazer, ou seja, lugares onde eles gostariam de ir só pra curtir, como o Playcenter. Alguns chegaram a brincar que o programa é muito mais trabalhosos do que eles esperavam. 
Os jovens colocaram alguns temas que, inclusive, já temos abordado no dia-a-dia: sexualidade, gênero, trabalho, preconceito, entre outro. Como temas mais específicos de trabalho surgiram comunicação, artes, expressão, corpo, entre outros. Alguns temas mais transversais, como conhecer a história da cidade também surgiram, um tanto genéricos.


Por fim fizemos a conversa sobre o acompanhamento, já que a eleição dos representantes já havia sido feita. As jovens propuseram o seguinte plano: antes de ir ao comitê jovem, o representante vai se reunir com a turma e ver quais são as demandas, propostas e resmungos que os jovens querem que seja levado ao comitê.


Após o encontro a turma também se reunirá para ver quais são os retornos, encaminhamentos e informações que o representante traz.
De acordo com os jovens o ideal é o comitê se reunir uma vez por mês, por conta da demandas pessoais do representante, que ficaria sobrecarregado com o trabalho, a escola e a família.

"Sexo Oral"

postagem referente à semana de 5 a 7 de abril

Após uma semana de trabalhos intensos e mentes fervendo o papo foi praquilo que "mesmo o padre eterno que nunca foi lá, olhando aquele inferno vai abençoar"! Por conta do aperto no tempo propus às jovens que dissessem o que tinham vontade de discutir no grupo... Resposta: Sexualidade!
E Fomos nós!
Inicialmente fizemos alguns acordos sobre a intimidade de cada um, porque era bem provável a coisa virar um chat sobre as práticas sexuais de cada um. E também sobre a liberdade de opiniões, afinal iam entrar em discussão alguns temas que dão o que falar: Gravidez na adolescência, aborto, virgindade, anticoncepcionais, preservativos e sexo (mesmo) & saúde, por que afinal falar só das burocracias é chato pra burro!



Começamos por uma discussão que foi divertida e tensa ao mesmo tempo: O desenvolvimento da sexualidade! Afinal, quando nos tornamos homens e mulheres; que partes do ser homem e do ser mulher é intrínseco e qual é construída socialmente; opção sexual: será que é escolha; tarefa de menino e tarefa de menina: como assim; foram algumas das questões que nortearam a discussão. Valeu até o educador vir de saia pra propor a discussão: o que me faz menino ou menina?




A abertura para a discussão foi muito bacana e todos puderam se colocar, inclusive sobre sua orientação sexcual e crenças, sem com isso gerar desconforto no grupo ou pra si mesma...
O papo foi ficando bão e descambou ladeira abaixo nas discussões posteriores: gravidez na adolescência, aborto, responsabilidades no relacionamento... aí o papo esquentou de vez!
Várias argumentações, de quem tem filho, de quem optou por não ter, de quem perdeu, de quem não quer ter... E na hora de falar sobre quem manda em casa, e por que, outro debate!




No dia seguinte, a discussão foi sobre os métodos contraceptivos, as DSTs e, claro que eles e elas não iam deixar isso de lado(!), as práticas sexuais! Sobre os métodos contraceptivos, fora alguns mitos como usar duas camisinhas é mais seguro, a galera até manjava bastante, entendia a importância e os processos. Mas no caso das dúvidas práticas, rapaz, saiu cada pergunta! E, claro, os boatos de sempre: masturbação deixa impotente? É errado? Faz mal?


Por fim, após dois dias de longas conversas, os jovens produziram alguns zines à mão, para passar um recado sobre o que eles acham importante dizer sobre o desenvolvimento sexual na juventude. Estes zines serão postados na página das jovens, Turma da Tarde.




segunda-feira, 18 de abril de 2011

Fotonovelas e Postagem Jovem

postagem referente à semana de 29 a 31 de março

Como sequência das discussões sobre a diferença entre ver e enxergar realizamos uma fotonovela e o grupo pode realizar suas primeiras postagens coletivas no blog.
Cada grupo elaborou o enredo, estruturou a sequência de imagens, separou os papéis dos atores (que eram elas mesmas), fez as fotos e dirigiu o trabalho, escreveu os diálogos pra ilustrar as imagens e montou as fotonovelas no computador. O trabalho foi bruto porque eram poucas câmeras e poucos PC's pra trabalhar, mas fizemos uma divisão que permitiu aos grupos trampar quase ao mesmo tempo. Enquanto um grupo fazia a montagem das imagens, outro preparava seu relato do que tinha sido importante nas semanas de trabalho.
Os jovens curtiram muito a possibilidade de sair com a câmera e produzir o próprio trabalho. O trabalho rendeu muito e alguns jovens que são mais na deles em determinados momentos da atividade, se soltaram e mostraram grande desenvoltura em organizar e executar o trabalho.
O resultado das fotonovelas pode ser visto na página Turma da Tarde, assim como as postagens deles sobre as atividades.












O que vemos é o que existe?

postagem referente à semana de 22 a 24 de março

Será que o mundo é como realmente vemos?
Ou vivemos uma grande ilusão coletiva?
Partindo dessas questões assistimos ao filme Matrix, que muitos jovens ainda não haviam visto, e discutimos como funcionam os nossos sentidos e qual a impressão real e quais as impressões fantásticas que temos do mundo...
Muito debate, uma pequena guerra de crenças e um desmonte do "chão seguro" deram o tom da conversa!
Com algumas imagens num PowerPoint, algumas ilusões de ótica e exemplos práticos na sala, fomos tentando entender conjuntamente como funciona a visão e como somos "enganados" todos os dias por aquele que consideramos o sentido mais importante. Algumas jovens faziam cara de não acredito, outros de descrença total, outros ainda de surpresa e algumas ainda pareciam viajar nas possibilidades...
Apesar da nossa dificuldade material ter impedido uma melhor compreensão do filme, o áudio tava meio dolorido e "o Neo e o Morpheu falam muito" - disseram alguns jovens, a discussão foi boa e muitas jovens disseram depois ter passado boa parte da noite pensando nas coisas que tínhamos discutido...
No dia seguinte fomos visitar o Museu Catavento, no centro de SP. Pra variar a distância nos deixou um tanto "mareados" e a quebra do ônibus, tanto na ida quanto na volta pra alguns, nos fez refletir um pouco sobre o sistema de transportes. No museu tudo foi farra. A galera curtiu muito todas as partes, desde ouvir o som das estrelas, até a parte do Engenho, onde levantar um ao outro com uma alavanca fez o maior sucesso, sobretudo pro educador!
A casa maluca deixou muita gente perplexa: "como é que pode, a calha tá inclinada pra cá mas a água sobe!?", "mesa cai pra lá, mas a bola cai pra cá". Mas a bola elétrica foi o point da tarde! Medo e curiosidade juntos na hora de pôr a mão na bola e deixar o cabelo levantar! A parabólica também deixou muita gente com a pulga atrás da orelha. "Como é que pode?". Explico: bastava falar baixinho num anel metálico na frente de uma das parabólicas que dava pra ouvir claramente na outra, colocada de frente à 20 metros de distância. Com uma visita às marias-fumaça e aos antigos carros de limpeza pública encerramos nossa tarde.
Ah sim, cabe ressaltar que por conta da distância uma parte do grupo precisou sair do Catavento mais cedo e, infelizmente, não pode aproveitar todo o rolê!
Na quinta era hora de expor os sentimentos surgidos nas discussões. E o caminho foram as fotografias!
Cada jovem saiu pra fazer duas fotos sob a idéia de detalhes que não prestamos atenção no dia-a-dia. O resultado pode ser visto abaixo:

por um problema no computador não foi possível postar as imagens ainda!

domingo, 3 de abril de 2011

Da Avaliação, burocracias e discriminação.

Postagens referentes aos trabalhos dos dias 21,22 e 23 de março de 11.
Salve !
Nos últimos dias os trabalhos tomaram rumos diferentes do planejado, a partir das atividades realizadas sobre o direito a livre comunicação, percebemos que seria oportuno desviar nossa rota para problematizar nossa história, de onde viemos, qual é a nossa raiz? Entender a nossa história, para compreender o preconceito, a discriminação e a intolerância. Mas primeiro, uma avaliação coletiva do que vivemos na ultima semana, entretanto a parte chata da coisa também é importante de ser cuidada, pois é momento de entregar os documentos para a Secretaria Municipal do Trabalho e Emprego.




Seguimos na missão iniciamos os trabalhos da semana com a avaliação individual e coletiva com o grupo, nas falas quase que majoritariamente apareceu à questão da tal “diferença”, lidar com a diferença, com o conflito de ideias, pensamentos diferentes do meu é sempre muito difícil, principalmente nessa etapa da vida a juventude em que não sou nem adulto e nem criança, mas lidar com o diferente? É uma Tarefa desafiadora, mas com potencial de aprendizado, o grupo durante as ultimas semanas se apresentou dividido os “grupinhos” sempre persistem em se consolidar,  esse é meu lugar seguro, daqui não saiu e daqui ninguém me tira, falas como essa foi apresentado pelos jovens na avaliação, ora no coletivo, ora na individualidade escrito nas targetas ” o programa vai bem, só tem algumas pessoas que não gosto, mas levo na esportiva”. 

Feita a avaliação vamos cuidar da burocracia, na terça feira 21-03 os jovens tiveram um tempo para dar conta das suas documentações, e principalmente cuidar do que se apresenta a maior preocupação para eles/as a ESCOLA, é impressionante como um direito assegurado pela constituição se torna inalcançável as vistas da precarização do sistema educacional que temos nos dias de hoje, uma troca de ideia para a persistência e caminhos que temos que tomar frente a garantia de direitos – foi a pauta da nossa prosa dessa terça feira, feita a conversa, agora é colocar em prática a lei, foi um dia em que @s jovens que estavam com problemas de conquistar a vaga, uma boa parte dos menin@s da turma da manhã voltariam na escola para exigir seus comprovantes de inscrição o que aliás já deveria ter sido entregue a eles/as no momento da inscrição, para que outras instancias pudessem ser acionadas caso a vaga não saia,  como o  Conselhos Tutelar, Secretária de Educação e ate o Ministério Público se for preciso.


Dado conta das burocracias, que venha a Secretária do Trabalho, e assim passamos por mais uma etapa, agora vamos tratar de cuidar das nossas questões grupais, e o mote da discussão foi a discriminação e racismo, o preconceito e a intolerância, para isso assistimos o documentário produzido pelo grupo “Racionais Mcs” sobre a participação dos negros na construção da cidade de São Paulo, o vídeo e as discussões que se seguiram nos auxiliou para a nossa visita ao museu Afro-Brasil, a ideia nesse momento inicial da atividade é conhecer mais a nossa história, só que por outros olhos, agora as vozes dos colonizadores estão silenciadas, emana-se as vozes da cultura negra, no museu direcionamos nossos olhares para dois pontos, o trabalho e escravidão e a herança cultural deixada para nós pelos nossos antepassados. Em uma quinta feira ensolarada, uma grande sorte de o lugar de preservação da nossa história ficar dentro do Parque do Ibirapuera, e a possibilidade de lidar com as diferenças se apresentam em uma tarde que a maioria d@s jovens não tinham mais obrigações, e podiam livremente disfrutar do parque e aproveitar a possibilidade para conviver um pouco mais junt@s em um espaço neutro.


Essa prosa sobre diferença continua nessa semana, e é uma prosa que dá pano pra manga, esperem para ver as produções d@s jovens sobre o tema preconceito, discriminação e racismo, continuem acessando nossa pagina.

Forte abraço !