Postagem master atrasada!
A discussão sobre cidade se iniciou com o documentário 'um pouco mais um pouco menos' e 'a história de são paulo através dos rios'. Seguido de uma apresentação mais teórica sobre o conceito e cidade, a fim de confrontá-lo com a visão que os jovens tem sobre o que seria a cidade. Interessante perceber que os jovens nunca se sentiram fora da cidade, no sentido de não a merecer, mas sentem-se excluídos da mesma de forma sistemática.
Percebem que desde o princípio do programa, quase sempre que vamos procurar espaços culturais, parques, exposições, museus, temos de nos deslocar por horas e com várias conduções.
Impossível conter a discussão, pois partindo do olhar a cidade discutimos sobre cultura, transporte, educação, acesso, lazer...
no dia seguinte fomos fazer uma exploração no centro da cidade confrontando a chamada história oficial, reafirmada nas escolas, meios de comunicação, etc., com dados, fatos e informações que obtemos por meios menos ortodoxos.
Como, por exemplo, lembrar que o largo da memória era o ponto de venda de escravos trazidos para a vila de São Paulo de Piratininga.
No processo de conhecer o centro caminhamos a partir da Praça da Sé, lembrando da sua fundação, falando um pouco sobre o papel da igreja no processo de fundação da cidade.
De lá seguimos para a sede da bovespa, que foi o local onde fora construída a igreja de nossa senhora dos homens pretos, posteriormente removida num processo de reforma da cidade e dali para o antigo prédio do Banespa, onde subimos para observar a cidade.
Muito impressionados, é claro, todos ficamos com a visão da cidade de lá de cima. Mas não tanto quanto ficaríamos no pico do jaraguá.
Saindo do Banespão, seguimos até o Mosteiro São Bento, marco inicial da cidade. Subimos a rua Libero badaró até o viaduto do chá, de onde contemplamos o Vale do Anhangabaú, falando sobre o rio ali enterrado e a construção da praça da bandeira, em V de vitória na junção da avenida 23 de Maio com a avenida 9 de Julho, marcos da Revolta de 1932 contra Getúlio Vargas.
Atravessamos o viaduto rumo ao Theatro Municipal e dali para a Galeria do Rock, onde conversamos sobre o encontro de culturas que representa a cidade de São Paulo.
Voltando a nossa base de operações, fizemos um brincadeira baseada na atividade feita no inicio do processo de formações do PJU, e os jovens tiveram de criar formas de interpretar a cidade para uma pessoa que não a conhecesse.
Depois disso, visto que havia um desconforto dos jovens com a ideia de que só haviam realizações culturais no centro da cidade, fomos em busca de ações e grupos culturais no Grajaú. Como tempo disponível não é nosso forte, fomos falar com o Jonato, do Projeto Morro da Macumba, e com o pessoal da Companhia Humbalada de Teatro, onde fomos saber como os grupos começaram, qual seu objetivo, como se sustentam, como atuam...
As conversas foram muito bacanas e ajudaram até mesmo na perspectiva dos projetos que virão...
Por fim, divididos em três grupos, cada qual trabalhando com uma mídia (texto e foto; vídeo; áudio) as jovens produziram relatos sobre a discussão de cidade, com todas as suas derivações! Os trampos estão na página da Turma da Tarde!
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